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Nada mais é do que o nome dado ao conflito que se intalou na ilha chamada Sri Lanka(1983 e 2009) .Essa organização armada separatista tinha como objetivo a criação de um estado independente, que seria chamado de Tamil Eelam, que está localizado ao norte e ao leste da ilha do Sri Lanka.
Mais de 70.000 pessoas morreram oficialmente na guerra desde 1983, segundo dados oficiais, sendo um dos conflitos que provocou mais mortes, a guerra causou grandes adversidades à população, ao meio ambiente e à economia do país.
As táticas usadas pelos Tigres do Tâmil resultaram no banimento da organização e na sua classificação como organização terrorista nos Estados Unidos, no Brasil, na Austrália, nas nações da União Europeia e no Canadá.
Após duas décadas de luta e três tentativas frustradas de negociações de paz, incluindo a intervenção do Exército Indiano através de uma força pela manutenção da paz, sem sucesso, entre 1987 e 1990, uma longa negociação sobre a solução do conflito começou a parecer possível quando um cessar-fogo foi declarado em dezembro de 2001, e quando um acordo de cessar-fogo foi assinado com mediação internacional em 2002. Porém, as hostilidades recomeçaram no final de 2005, e o conflito começou a escalar até que o governo do Sri Lanka lançou várias ofensivas militares contra o LTTE, que começou em julho de 2006, terminando em maio de 2009.
As forças armadas expulsaram os Tigres do Tâmil para fora da Província do Leste do Sri Lanka. O LTTE, então, declarou que "recomeçaria a disputa pela liberdade para alcançar a independência".
O governo então mudou os seus ataques ofensivos para o norte do país, e anunciou oficialmente a desistência do acordo de cessar-fogo em 2 de janeiro de 2008, alegando que o LTTE violou o acordo mais de 10.000 vezes. Desde então, ajudado pela destruição de vários navios de contrabando de armas que pertenciam ao LTTE, e pela ajuda financeira internacional. O governo do Sri Lanka já tomou 98% do território que era antes controlado pelos Tigres do Tâmil, incluindo a capital de factoKilinochchi, a principal base militar de Mullaitivu e toda a autoestrada A9.
Como resultado dos conflitos recentes, especialistas predizem que o longo conflito pode ter logo um fim assim que o pequeno território ainda controlado pelos Tigres do Tâmil for conquistado. Porém, os rebeldes prometeram continuar a lutar, e espera-se que os rebeldes comecem uma campanha armada tipo "guerrilha", lançando golpes e atentados contra o exército, além de ataques suicidas por todo o país, se os Tigres do Tâmil forem derrotados através dos meios tradicionais. Em 3 de fevereiro de 2009, os Estados Unidos, a União Europeia, o Japão e a Noruega pediram aos Tigres do Tâmil para que entregassem suas armas e que parassem com as hostilidades, já que há pouco tempo para que o Exército do Sri Lanka conquiste o território remanescente dos rebeldes
O Mahavamsa, um registro religioso antigo do Sul da Índia, já relatava conflito entre o povo tâmil e os cingaleses. Porém, a origem do conflito atual é da época do Pacto Colonial Britânico, quando o país ainda era conhecido como Ceilão. No começo do século XX, surgiu um movimento político nacionalista com o objetivo de conseguir a independência da ilha, que foi concedido pelo Reino Unido de forma pacífica em 1948. Porém, os conflitos entre o povo tâmil e os cingaleses começaram logo após a promulgação da primeira constituição do Sri Lanka. O Sinkala Only Act, uma declaração do então primeiro-ministro, S. W. R. D. Bandaranaike, que trata sobre a política que trata a língua cingalesa como a única língua oficial do país, foi um dos motivos principais que levou ao conflito armado no país. O estabelecimento da guerra civil foi o resultado direto do escalonamento dos conflitos que se seguiram. As revoltas populares de 1950, de 1977 e a formação da "Frente Unida de Libertação do Tâmil (TUFA), juntamente com a sua "Resolução Vaddukkodei", foram os eventos chave para o estabelecimento da guerra civil no país. Isto levou a hostilidades de ambos os lados.
Início da guerra civil
Apoiados por conflitos políticos em andamento no Sri Lanka, jovens tâmis, já influenciados pela política, começaram a formar grupos militares no norte e no leste do Sri Lanka. Estes grupos formaram-se independentemente das lideranças tâmis em Colombo, que foram extintas pelos próprios grupos militares. O mais importante desses grupos é os Tigres da Libertação do Tamil Eelam (LTTE). Inicialmente, os Tigres do Tâmil usavam-se de violência, realizando atentados contra policiais e políticos moderados tâmis. A primeira grande operação dos Tigres do Tâmil foi o assassinato do prefeito de Jaffna, Alfred Duraiappah, em 1975. De fato, o estabelecimento do conflito armado foi baseado em assassinatos de políticos e de pessoas influentes. O próprio líder dos Tigres do Tâmil, Vellupillai Prabhakaran, assassinou um membro tâmil do Parlamento do Sri Lanka, M. Canagaratnam, em 1977.
Em julho de 1983, Os Tigres do Tâmil lançaram um ataque contra o Exército do Sri Lanka, matando 13 soldados. A população cingalesa retaliou o ataque, e organizou massacres ecarnificinas contra tâmis em Colombo e aos arredores. Entre 400 e 3.000 pessoas tâmis foram mortas naquele julho, conhecido como Julho Negro. Outros milhares de tâmis fugiram de regiões predominantemente cingalesas. O ataque dos Tigres do Tâmil contra o exército e a retaliação desproporcional da população cingalesa foi o estopim inicial da guerra civil do Sri Lanka, que se arrasta até os dias de hoje.
Houve inicialmente vários grupos militares tâmis, mas a posição política dos Tigres do Tâmil, baseada na Organização para a Libertação da Palestina, foi a única entre os grupos militares. No ano seguinte, os Tigres do Tâmil promoveram ataques avalassadores, tais como o massacre das fazendas Kent e Dollar, de 1984, e o massacre de Anuradhapura, que matou 146 pessoas em 1985. O massacre de Anuradhapura foi aparentemente retaliado pelas forças do governo, que mataram 23 civis no massacre do barco Kumudini. Com o passar do tempo, os outros grupos militares começaram a se fundir com os Tigres do Tâmil; aqueles que se recusaram a se fundir foram eliminadas pelos próprios Tigres. Como resultado, muitos grupos militares, já despedaçados, começaram a agir como grupos paramilitares juntamente com o governo do Sri Lanka, ou denunciaram a extrema violência e se juntaram com a tendência política principal do Sri Lanka. Alguns partidos remanescentes tâmis são totalmente opositores aos Tigres do Tâmil, que têm uma visão separatista.
As conversações de paz entre os Tigres do Tâmil e o governo do Sri Lanka começaram em 1985, mas logo falharam. Em 1986, houve outro massacre realizado pelos Tigres, omassacre de Akkaraipattu. Em 1987, as tropas governamentais conseguiram retirar os Tigres do Tâmil para fora da cidade de Jaffna. Durante aquele ano, a guerra atingiu o seu primeiro pico de atividade, com várias operações sangrentas de ambos os lados.
O Exército do Sri Lanka lançou uma forte ofensiva em maio e junho de 1987, com o objetivo de expulsar os simpatizantes dos Tigres do Tâmil da península de Jaffna. O evento foi a primeira operação do Exército do Sri Lanka no seu próprio solo desde a independência do país. A ofensiva obteve sucesso, porém, os líderes dos Tigres, Prabhakaran, e o líder da marinha dos Tigres do Tâmil, conhecido como Tigres Marinhos, Soosai, conseguiram escapar do exército.
Ainda em 1987, os Tigres do Tâmil realizaram o seu primeiro ataque suicida, quando um caminhão carregado de explosivos invadiu o acampamento do Exército, matando mais de 40 soldados. Desde então, os Tigres do Tâmil já realizaram mais de 170 ataques suicidas, mais que qualquer outra organização no mundo. Os ataques suicidas realizadas pelos Tigres tornaram-se também, uma "marca registrada" do grupo, e consequentemente, da guerra civil.
A Índia ficou envolvida na guerra civil do Sri Lanka por várias razões. Entre elas, pode-se mencionar o desejo da Índia de se tornar uma potência regional, e a preocupação das autoridades indianas sobre a situação dos tâmis indianos que vivem na província de Tâmil Nadu, que influenciados pelo conflito, poderiam querer também a independência. Este último foi particularmente uma forte preocupação, já que a população tâmil indiana apoiava fortemente da independência dos tâmis do Sri Lanka. Durante o conflito, os governos central e estadual da Índia apoiaram os dois lados do conflito de modos diferentes. Durante a década de 1980, a agência de inteligência da Índia, a Research and Analysis Wing (RAW) forneceu armas, treinamento e apoio monetário para grupos militares tâmis, incluindo os Tigres do Tâmil e o seu principal rival, a Organização para a Libertação do Tamil Eelam (TELO). O surgimento inicial dos Tigres do Tâmil foi baseado principalmente no apoio dado pela agência de inteligência indiana. Acredita-se que o motivo de a Índia ter apoiado vários grupos militares, rivais entre si, era de manter a dividida a busca pela independência dos tâmis, e com isso, manter o controle efetivo sobre a rebelião.
A Índia ficou mais participativa na guerra no final da década de 1980. Em 5 de julho de 1987, a Força Aérea Indiana lançou alimentos para a cidade de Jaffna, que estava cercada pelas forças do Sri Lanka. Naquele momento, o governo do Sri Lanka disse que estava perto de derrotar os Tigres, mas as 25 toneladas distribuídas pela Índia para os Tigres do Tâmil apoiaram e reforçaram os rebeldes. Negociações foram feitas, e foi assinado um acordo de paz entre a Índia e Sri Lanka em 29 de julho de 1987. No acordo, o governo do Sri Lanka fez uma série de concessões para os Tigres do Tâmil, incluindo a devolução de territórios já conquistados, incluindo a devolução do poder de duas províncias, a fusão da Província do Leste com a Província do Norte, formado então a Província do Nordeste, e além da inclusão da língua tâmil como idioma oficial do Sri Lanka. Por outro lado, a Índia concordou em estabelecer a ordem nas províncias do Leste e do Norte através de sua Força de Manutenção da Paz, e concordou em parar de apoiar as investidas tâmis. Inicialmente, os grupos militares tâmis relutaram em concordar com os requisitos previstos no acordo, mas entregaram as suas armas para a Força de Manutenção da Paz Indiana (IPKF).
Naquele momento, o governo do Sri Lanka pediu a presença do Exército Indiano. Com a Força de Manutenção da Paz Indiana atuando nas regiões rebeldes, houve um cessar-fogo e um modesto desarmamento dos grupos militares. Com isso, o governo do Sri Lanka recuou o seu exército e deixou o controle da situação para a IPKF.
Enquanto que a maioria dos grupos militar concordou em parar o conflito e em entregar as suas armas para a IPKF, os Tigres do Tâmil recusaram todas as propostas. Com isso, a IKPF teve que intervir mais agressivamente, entrando em conflito com os Tigres do Tâmil para tentar desmantelar a organização rebelde. O conflito entre o IPKF e os Tigres do Tâmil seguiu por três anos. Nesta época, a IPKF foi acusada de violar os direitos humanos. Além disso, a IPKF também encontrou forte oposição por parte dos tâmis.
Mais de 70.000 pessoas morreram oficialmente na guerra desde 1983, segundo dados oficiais, sendo um dos conflitos que provocou mais mortes, a guerra causou grandes adversidades à população, ao meio ambiente e à economia do país.
As táticas usadas pelos Tigres do Tâmil resultaram no banimento da organização e na sua classificação como organização terrorista nos Estados Unidos, no Brasil, na Austrália, nas nações da União Europeia e no Canadá.
Após duas décadas de luta e três tentativas frustradas de negociações de paz, incluindo a intervenção do Exército Indiano através de uma força pela manutenção da paz, sem sucesso, entre 1987 e 1990, uma longa negociação sobre a solução do conflito começou a parecer possível quando um cessar-fogo foi declarado em dezembro de 2001, e quando um acordo de cessar-fogo foi assinado com mediação internacional em 2002. Porém, as hostilidades recomeçaram no final de 2005, e o conflito começou a escalar até que o governo do Sri Lanka lançou várias ofensivas militares contra o LTTE, que começou em julho de 2006, terminando em maio de 2009.
As forças armadas expulsaram os Tigres do Tâmil para fora da Província do Leste do Sri Lanka. O LTTE, então, declarou que "recomeçaria a disputa pela liberdade para alcançar a independência".
O governo então mudou os seus ataques ofensivos para o norte do país, e anunciou oficialmente a desistência do acordo de cessar-fogo em 2 de janeiro de 2008, alegando que o LTTE violou o acordo mais de 10.000 vezes. Desde então, ajudado pela destruição de vários navios de contrabando de armas que pertenciam ao LTTE, e pela ajuda financeira internacional. O governo do Sri Lanka já tomou 98% do território que era antes controlado pelos Tigres do Tâmil, incluindo a capital de factoKilinochchi, a principal base militar de Mullaitivu e toda a autoestrada A9.
Como resultado dos conflitos recentes, especialistas predizem que o longo conflito pode ter logo um fim assim que o pequeno território ainda controlado pelos Tigres do Tâmil for conquistado. Porém, os rebeldes prometeram continuar a lutar, e espera-se que os rebeldes comecem uma campanha armada tipo "guerrilha", lançando golpes e atentados contra o exército, além de ataques suicidas por todo o país, se os Tigres do Tâmil forem derrotados através dos meios tradicionais. Em 3 de fevereiro de 2009, os Estados Unidos, a União Europeia, o Japão e a Noruega pediram aos Tigres do Tâmil para que entregassem suas armas e que parassem com as hostilidades, já que há pouco tempo para que o Exército do Sri Lanka conquiste o território remanescente dos rebeldes
O Mahavamsa, um registro religioso antigo do Sul da Índia, já relatava conflito entre o povo tâmil e os cingaleses. Porém, a origem do conflito atual é da época do Pacto Colonial Britânico, quando o país ainda era conhecido como Ceilão. No começo do século XX, surgiu um movimento político nacionalista com o objetivo de conseguir a independência da ilha, que foi concedido pelo Reino Unido de forma pacífica em 1948. Porém, os conflitos entre o povo tâmil e os cingaleses começaram logo após a promulgação da primeira constituição do Sri Lanka. O Sinkala Only Act, uma declaração do então primeiro-ministro, S. W. R. D. Bandaranaike, que trata sobre a política que trata a língua cingalesa como a única língua oficial do país, foi um dos motivos principais que levou ao conflito armado no país. O estabelecimento da guerra civil foi o resultado direto do escalonamento dos conflitos que se seguiram. As revoltas populares de 1950, de 1977 e a formação da "Frente Unida de Libertação do Tâmil (TUFA), juntamente com a sua "Resolução Vaddukkodei", foram os eventos chave para o estabelecimento da guerra civil no país. Isto levou a hostilidades de ambos os lados.
Início da guerra civil
Apoiados por conflitos políticos em andamento no Sri Lanka, jovens tâmis, já influenciados pela política, começaram a formar grupos militares no norte e no leste do Sri Lanka. Estes grupos formaram-se independentemente das lideranças tâmis em Colombo, que foram extintas pelos próprios grupos militares. O mais importante desses grupos é os Tigres da Libertação do Tamil Eelam (LTTE). Inicialmente, os Tigres do Tâmil usavam-se de violência, realizando atentados contra policiais e políticos moderados tâmis. A primeira grande operação dos Tigres do Tâmil foi o assassinato do prefeito de Jaffna, Alfred Duraiappah, em 1975. De fato, o estabelecimento do conflito armado foi baseado em assassinatos de políticos e de pessoas influentes. O próprio líder dos Tigres do Tâmil, Vellupillai Prabhakaran, assassinou um membro tâmil do Parlamento do Sri Lanka, M. Canagaratnam, em 1977.
Em julho de 1983, Os Tigres do Tâmil lançaram um ataque contra o Exército do Sri Lanka, matando 13 soldados. A população cingalesa retaliou o ataque, e organizou massacres ecarnificinas contra tâmis em Colombo e aos arredores. Entre 400 e 3.000 pessoas tâmis foram mortas naquele julho, conhecido como Julho Negro. Outros milhares de tâmis fugiram de regiões predominantemente cingalesas. O ataque dos Tigres do Tâmil contra o exército e a retaliação desproporcional da população cingalesa foi o estopim inicial da guerra civil do Sri Lanka, que se arrasta até os dias de hoje.
Houve inicialmente vários grupos militares tâmis, mas a posição política dos Tigres do Tâmil, baseada na Organização para a Libertação da Palestina, foi a única entre os grupos militares. No ano seguinte, os Tigres do Tâmil promoveram ataques avalassadores, tais como o massacre das fazendas Kent e Dollar, de 1984, e o massacre de Anuradhapura, que matou 146 pessoas em 1985. O massacre de Anuradhapura foi aparentemente retaliado pelas forças do governo, que mataram 23 civis no massacre do barco Kumudini. Com o passar do tempo, os outros grupos militares começaram a se fundir com os Tigres do Tâmil; aqueles que se recusaram a se fundir foram eliminadas pelos próprios Tigres. Como resultado, muitos grupos militares, já despedaçados, começaram a agir como grupos paramilitares juntamente com o governo do Sri Lanka, ou denunciaram a extrema violência e se juntaram com a tendência política principal do Sri Lanka. Alguns partidos remanescentes tâmis são totalmente opositores aos Tigres do Tâmil, que têm uma visão separatista.
As conversações de paz entre os Tigres do Tâmil e o governo do Sri Lanka começaram em 1985, mas logo falharam. Em 1986, houve outro massacre realizado pelos Tigres, omassacre de Akkaraipattu. Em 1987, as tropas governamentais conseguiram retirar os Tigres do Tâmil para fora da cidade de Jaffna. Durante aquele ano, a guerra atingiu o seu primeiro pico de atividade, com várias operações sangrentas de ambos os lados.
O Exército do Sri Lanka lançou uma forte ofensiva em maio e junho de 1987, com o objetivo de expulsar os simpatizantes dos Tigres do Tâmil da península de Jaffna. O evento foi a primeira operação do Exército do Sri Lanka no seu próprio solo desde a independência do país. A ofensiva obteve sucesso, porém, os líderes dos Tigres, Prabhakaran, e o líder da marinha dos Tigres do Tâmil, conhecido como Tigres Marinhos, Soosai, conseguiram escapar do exército.
Ainda em 1987, os Tigres do Tâmil realizaram o seu primeiro ataque suicida, quando um caminhão carregado de explosivos invadiu o acampamento do Exército, matando mais de 40 soldados. Desde então, os Tigres do Tâmil já realizaram mais de 170 ataques suicidas, mais que qualquer outra organização no mundo. Os ataques suicidas realizadas pelos Tigres tornaram-se também, uma "marca registrada" do grupo, e consequentemente, da guerra civil.
A Índia ficou envolvida na guerra civil do Sri Lanka por várias razões. Entre elas, pode-se mencionar o desejo da Índia de se tornar uma potência regional, e a preocupação das autoridades indianas sobre a situação dos tâmis indianos que vivem na província de Tâmil Nadu, que influenciados pelo conflito, poderiam querer também a independência. Este último foi particularmente uma forte preocupação, já que a população tâmil indiana apoiava fortemente da independência dos tâmis do Sri Lanka. Durante o conflito, os governos central e estadual da Índia apoiaram os dois lados do conflito de modos diferentes. Durante a década de 1980, a agência de inteligência da Índia, a Research and Analysis Wing (RAW) forneceu armas, treinamento e apoio monetário para grupos militares tâmis, incluindo os Tigres do Tâmil e o seu principal rival, a Organização para a Libertação do Tamil Eelam (TELO). O surgimento inicial dos Tigres do Tâmil foi baseado principalmente no apoio dado pela agência de inteligência indiana. Acredita-se que o motivo de a Índia ter apoiado vários grupos militares, rivais entre si, era de manter a dividida a busca pela independência dos tâmis, e com isso, manter o controle efetivo sobre a rebelião.
A Índia ficou mais participativa na guerra no final da década de 1980. Em 5 de julho de 1987, a Força Aérea Indiana lançou alimentos para a cidade de Jaffna, que estava cercada pelas forças do Sri Lanka. Naquele momento, o governo do Sri Lanka disse que estava perto de derrotar os Tigres, mas as 25 toneladas distribuídas pela Índia para os Tigres do Tâmil apoiaram e reforçaram os rebeldes. Negociações foram feitas, e foi assinado um acordo de paz entre a Índia e Sri Lanka em 29 de julho de 1987. No acordo, o governo do Sri Lanka fez uma série de concessões para os Tigres do Tâmil, incluindo a devolução de territórios já conquistados, incluindo a devolução do poder de duas províncias, a fusão da Província do Leste com a Província do Norte, formado então a Província do Nordeste, e além da inclusão da língua tâmil como idioma oficial do Sri Lanka. Por outro lado, a Índia concordou em estabelecer a ordem nas províncias do Leste e do Norte através de sua Força de Manutenção da Paz, e concordou em parar de apoiar as investidas tâmis. Inicialmente, os grupos militares tâmis relutaram em concordar com os requisitos previstos no acordo, mas entregaram as suas armas para a Força de Manutenção da Paz Indiana (IPKF).
Naquele momento, o governo do Sri Lanka pediu a presença do Exército Indiano. Com a Força de Manutenção da Paz Indiana atuando nas regiões rebeldes, houve um cessar-fogo e um modesto desarmamento dos grupos militares. Com isso, o governo do Sri Lanka recuou o seu exército e deixou o controle da situação para a IPKF.
Enquanto que a maioria dos grupos militar concordou em parar o conflito e em entregar as suas armas para a IPKF, os Tigres do Tâmil recusaram todas as propostas. Com isso, a IKPF teve que intervir mais agressivamente, entrando em conflito com os Tigres do Tâmil para tentar desmantelar a organização rebelde. O conflito entre o IPKF e os Tigres do Tâmil seguiu por três anos. Nesta época, a IPKF foi acusada de violar os direitos humanos. Além disso, a IPKF também encontrou forte oposição por parte dos tâmis.
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