sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Guerra da Georgia

Pode estar chegando ao fim a guerra que explodiu na semana passada na região de fronteira entre a Europa e a Ásia. O presidente da França, Nicola Sarkozy, junto com a Rússia e a Geórgia, aceitou o acordo de Paz proposto por Paris.
As explosões e as cortinas de fumaça na cidade de Gori continuaram mesmo após o cessar fogo, no início do dia.
Ao lado do presidente da França, Nicola Sarkozy, que levou a Moscou mais um apelo da União Européia para o fim do conflito, o presidente russo disse que a Geórgia já foi punida o bastante por ter invadido Ossétia do Sul.
Em cinco dias de combate já são mais de cinco mil mortos, milhares de feridos e pelo menos 100 mil refugiados. Corpos de civis são resgatados das ruínas.
A província separatista da Ossétia do Sul, que pertence à Geórgia, se declarou independente no começo dos anos 90 com o fim da União Soviética, mas não foi reconhecida pela comunidade internacional.
 

 
O interesse de Rússia e Estados Unidos se deve a localização estratégica da região, que tem importe oleodutos que transportam gás e petróleo da Ásia para a Europa. Três oleodutos já foram paralisados por questões de segurança.
Agora a noite, após participar de uma manifestação com milhares de pessoas no centro da capital de Blis, o presidente da Geórgia, Mikhail Sakazmid,  se encontrou com Nicola Sarkozy. O líder Frances anunciou que Rússia e Geórgia chegaram a um acordo de paz.
Para o mundo, é difícil acreditar num cessar fogo definitivo. O que agrava a suspeitas é a declaração do próprio presidente Russo. Dimidri Medemedev ordenou o fim dos bombardeios, mas deixou claro que as tropas devem eliminar os inimigos que resistirem na Ossétia do Sul.
Hoje de manhã o fim dos ataque à Geórgia, só que por coincidência ou não, esse anuncio foi feito exatamente no momento em que acontecia uma nova onda de explosões no país.
Explosões foram ouvidas na cidade de Gory e na capital de Belize. Os ataques foram minutos antes da ordem de cessar fogo. Cinco dias depois de violentos  confrontos, mais de duas mil pessoas morreram e cerca de 100 mil abandonaram o país.
Na cidade de Gori, apenas tanques e soldados da Geórgia são vistos, mesmo assim em voto de fuga.
Tropas russas avançaram sobre o território vizinho e conquistaram a Ossétia do Sul, Abkházia, Gori, Senaki e dividiram o país ao meio.
A guerra começou semana passada, depois que a Rússia invadiu a Ossétia do Sul, região que declarou independência nos anos 90, mas não tem reconhecimento internacional.

 
Ontem, e, Tblisi, o presidente Naskasmirri interrompeu uma entrevista por telefone depois do anúncio que aviões russos sobrevoavam a região.
Novos apelos foram feitos pelas Ações Unidas, União Européia e de líderes internacionais, como o presidente George Bush, que chamou o ataque de inaceitável em pleno século XXI.
Hoje, o presidente francês,  Nicola Sarkozy, deve chegar a zona de conflito para garantir a ordem de cessar fogo, e declarar paz na região.
Na China, manifestantes se reuniram em frente a embaixada da Rússia,  em Beijin, para protestar contra o ataque da Geórgia.
Na capital da Geórgia, 50 mil pessoas tomaram as ruas em apoio ao governo, enquanto centenas de estrangeiros tentavam deixar o país pelo aeroporto de Tblisi.
De acordo com a ONU, o número de refugiados já chega a 100 mil.
Dos bastidores a Casa Branca monitorou a situação em contato com o G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo. Estados Unidos e Europa não querem estremecer ainda mais as relações com a Rússia.
Há interesse econômico na região. O petróleo e o gás natural dos russos atravessam a Geórgia, até chegar a Europa.  Nessa terça-feira o fornecimento foi suspenso como medida de prevenção. Já os Estados Unidos contam com a Rússia como parceiro para monitorar a atividade nuclear do Irã, por isso o conflito que parece tão localizado ganhou importância global. A Geórgia anunciou que vai deixar o bloco dos 12 países que formavam a ex União Soviética e sonha co um lugar na OTAN, o que tem provocado a ira da Rússia.
Com o conflito, Moscou tentou mandar um recado ao mundo: “Quem manda neste quintal sou eu”

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